quarta-feira, 7 de março de 2012

Variedade Linguística

Aula do dia 10/02/2012.
Turmas: 1002 e 1003

VARIEDADE E NORMA

Como falante do portugues, você já deve ter percebido situações em que a língua é usada de forma bastante diferente daquela que você se habituou a ouvir nos meios de comunicação ou em outros espaços de convivência. Essa diferença pode manisfestar-se no vocábulo, na pronúncia, na estrutura de palavras e de frases.

A variação linguística é natural e decorre do fato de que as línguas são sistemas dinâmicos e extremamente sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto.

Variedade linguística é cada um dos sistemas em que uma língua se diversifica, em função das possibilidades da variação de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe).

Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de maior prestígio dentro de uma comunidade.

Embora essa variação seja natural, os falantes de uma comunidade linguística têm, em geral, a expectativa, socialmente definida, pressupõe uma forma "correta" de uso da língua, o que implica a existência de formas "erradas". Esta é a base do preconceito linguístico.

Preconceito linguístico é o julgamento negativo que é feito dos falantes em função da variedade linguística que utilizam.

Todas as variedades constituem sistemas linguísticos adequados para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes. Nenhuma variedade linguística sobreviveria se não fosse adeuqada a um determinado contexto a uma determinada cultura.

Considerar uma variedade como a única "correta" e estigmatizar as demais é, antes de tudo, emitir um juízo de valor sobre os falantes dessas variedades. Esse juízo é, por vezes, usado como um pretexto para discriminar socialmente os indivíduos..

Leia a tira:

         

A personagem Chico Bento, criada por Maurício de Souza, fala como aprendeu em sua comunidade. Ele usa a Língua Portuguesa conforme aprendeu desde o seu nascimento por meio do convívio com familiares, amigos etc.
Essas diferenças linguísticas entram em conflito com a norma culta, tanto na fala quanto na escrita.

Bibliografia: ABAURRE, Maria Luiza M. ABAURRE, Maria Bernadete M. Abaurre. PONTARA, Marcela. Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2008.

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